quarta-feira, 25 de novembro de 2009

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Tecido Epitelial














Imagem disponivel em:http://www.sobiologia.com.br/figuras/Histologia/epitelio2.jpg

características

O Tecido Epitelial (TE) possui algumas características essenciais que permitem a sua diferenciação de outros tecidos do corpo. Ocorre uma justaposição das suas células poliédricas. Esta forma pode ser justificada pela pressão exercida por outras células e a ação modeladora do citoesqueleto; a justaposição das células pede ser explicada pela pequena quantidade ou mesmo ausência de matriz extracelular. A grande capacidade de coesão entre as células é outra característica e ocorre devido a especializações de membrana (ver adiante) e ao glicocálix. O TE é avascularizado, fazendo da presença de lâmina basal indispensável à sua nutrição.


Os epitélios são basicamente tecidos de revestimento e proteção do organismo. Além de recobrirem todo o corpo do animal, revestem internamente órgãos, cavidades e canais, desempenhando inúmeras funções e tendo os mais variados aspectos.

Um epitélio típico e de ocorrência geral é a epiderme, que protege o corpo contra atrito ou traumas, desidratação, substâncias tóxicas do ambiente, penetração de bactérias, vírus e outros agentes nocivos. A epiderme permite ainda o relacionamento do organismo com o meio, recebendo estímulos, ambientais e tornado possíveis as reações adaptativas. Os epitélios que revestem internamente os órgãos fazem absorção deágua e alimentos, trocas respiratórias e ainda a eliminação de excretas. Há também os epitélios secretores ou glandulares, cuja função é a produção de substâncias especiais como suor, sebo, lágrimas, muco, leite e sucos digestivos.

Características

Os epitélios podem ser definidos como tecidos de células justapostas, unidas por uma finíssima camada de substância cimentante. Os epitélios não têm vascularização (com raras exceções) e são, portanto, alimentados por difusão, a partir de capilares sangüíneos dos tecidos conjuntivos das camadas diretamente em contato com eles. Com a microscopia eletrônica foi possível entender melhor certas propriedades dos epitélios, como por exemplo sua grande resistência a trações e atritos e propriedades osmóticas especiais. Tais propriedades são decorrentes de especializações da membrana plasmática nas superfícies livres das células ou nas regiões de contat entre elas. Na superfície de contato com os tecidos conjuntivos, os epitélios apresentam uma membrana basal. Esta é uma fina lâmina composta por glicoproteínas e uma rede de fibrilas de proteína. As glicoporteínas também conectam as células epiteliais, formando finas camadas entre elas (cimentou ou glicocálix). Não há, portanto, verdadeiros espaços intercelulares como nos demais tecidos.

Os tipos de epitélios

Os epitélios são classificados com base em diferentes critérios, como a forma de suas células, o número de camadas celulares e as funções que desempenham.

Quanto à forma das células eles podem ser pavimentosos, cúbicos e clilíndricos (prismáticos). Um tipo especial de epitélio pavimentoso é o endotélio. Ele é fino, de espessura variável; reveste o coração, vasos sangüíneos e vasos linfáticos. Os mais finos capilares sangüíneos têm a parede formada apenas pelo endotélio.

TECIDO EPITELIAL

Quanto ao número de camadas, os epitélios são basicamente simples ou estratificados. Os simples têm apenas uma camada celular; os estratificados, várias. Mais raros sãos os epitélios pseudoestratificados, com uma só camada de células de diferentes alturas, e os de transição (mistos), com poucas camadas, sendo as células superficiais diferentes das basais.

Fonte: www.brasilescola.com


Origem

Pode originar-se dos 3 folhetos embrionários.

Ectoderme: epitélios de revestimento externos (epiderme, boca, fossas nasais, ânus).

Endoderme: epitélio de revestimento do tubo digestivo, da árvore respiratória, do fígado e do pâncreas.

Mesoderme: endotélio (vasos sangüíneos e linfáticos) e mesotélio (revestimento de serosas).

Funções

A função de revestimento envolve a de proteção - como a epiderme que protege os órgãos internos de agentes externos - e a de absorção - como é o caso das mucosas. Exerce uma importante função secretora, uma vez que as glândulas são originárias do TE, e são por isto classificadas como Tecido Epitelial Glandular.

Além disso, o TE exerce uma função sensorial com os neuroepitélios (ex. retina).

Tecido Epitelial de Revestimento

Especializações de membrana

Glicocálix: ação adesiva (entre outras).

Microvilosidades e estereocílios: formados por microfilamentos de actina que correm para uma trama terminal; relacionados com a absorção.

Cílios: formado por microtúbulos; relacionado com a movimentação.

Zônula de oclusão: é a junção mais apical. Ocorre por interação entre duas proteínas transmembranas e promove a vedação, obrigando o trânsito intracelular e impedindo a volta de substâncias por entre as células epiteliais (efeito selador). Favorece a criação de domínios.

Zônula de adesão: interações entre caderinas, associadas a microfilamentos na altura da trama terminal. Tem função adesiva.

Máculas de adesão (desmossomos): interações entre caderinas, ligadas a uma placa eletrondensa associada a filamentos intermediários de queratina (tonofilamentos).

Junções comunicantes (gap): canal hidrofílico por onde passam moléculas informacionais e íons. Formados por conexinas.

Hemidesmossomos: interações entre integrinas (célula) e lamininas (lâmina basal), associadas a filamentos intermediários.

Lâmina basal

Formada por colágeno tipo IV, lamininas e proteoglicanas. É sintetizada pelas células epiteliais e faz a nutrição do tecido epitelial por ser vascularizada. Divide-se em: lâmina lúcida, lâmina densa e lâmina fibroreticular (formada por fibras de ancoragem de colágeno VII ).

Classificação

Quanto ao número de camadas de células, podem ser simples, com uma só camada de células iguais (ovário, intestino); estratificado com várias camadas de células (pele, esôfago); e pseudoestratificado, com uma única camada de células que tocam a lâmina basal mas que possuem núcleos em alturas diferentes (traquéia).

Quanto à forma das células, podem ser cúbicas (de núcleo arredondado e central), cilíndricas ou prismáticas (com núcleo elipsóide e geralmente central) e pavimentosas (achatadas).

Obs.: existe ainda o epitélio de transição, presente nas vias urinárias e na bexiga. É denominado desta forma pois muda o número de camadas por assentamento celular, mas não muda o número de células).

Conceitos importantes

Mucosas: epitélio simples ou estratificado e tecido conjuntivo frouxo ( lâmina própria ).

Serosas: mesotélio + tecido conjuntivo frouxo. Individualiza órgãos. Ex.: pericárdio, pleura, peritônio.

Adventícias: tecido conjuntivo apenas. Une órgãos.

Epitélio Glandular

As características são as mesmas do epitélio de revestimento. O que diferencia os dois tipos de epitélio é a função do glandular, que é basicamente a secreção de substâncias.

Formação de uma glândula

A partir do epitélio de revestimento, ocorre uma proliferação de células no tecido conjuntivo. Nesta área ocorre, então, uma diferenciação celular. O produto final pode ser uma glândula:

Exócrina: possui contato com com o TER e por isto lança seus produtos neste seu epitélio de origem. Possui uma porção secretora - que pode ser acinosa, tubulosa ou túbulo acinosa - e uma porção excretora, esta responsável pelo transporte das substâncias até o epitélio de origem.
Ainda, esta porção pode ser única (simples) ou composta.

Endócrina: não possui contato com o TER, mas lança seus produtos diretamente na corrente sangüínea.

Podem ser de 2 tipos. A Vesicular captura substâncias do sangue para a produção de outras substâncias, armazenando-as na luz da glândula; a Cordonal, por sua vez, não armazena as substâncias e faz secreção constante. São caracterizadas por formarem cordões celulares.

Controle Glandular

Gênico: depende da ação de um ou mais genes.

Exógeno: são dois mecanismos de controle que ocorrem simultaneamente, mas com predomínio de um sobre o outro. Pode ser Hormonal - como por exemplo o controle do hormônio tireotrófico pelos hormônios T3 e T4 - e Nervoso, controlado por neurotransmissores ou mensageiros químicos.

Este último mecanismo pode ocorrer de duas maneiras. 1 - o mensageiro penetra na célula e reage com receptores intracelulares para ativar genes do DNA. 2 - o mensageiro não consegue entrar na célula e interage com receptores de membrana que estimulam a formação de um mensageiro secundário, que realiza uma série de eventos até produzir a secreção.

video sobre tecido epitelial clik aqui para abrir ir pro vide ovideohttp://www.youtube.com/watch?v=2_qRkX6ZyL8

terça-feira, 17 de novembro de 2009

O que é Histologia

É a área da biologia que se preocupa em explicar a formação, os tipos e as funções dos tecidos que formam o organismo dos seres vivos. Tecidos Conjunto de células com características morfológicas (forma) e fisiológicas (função) semelhantes. Tipos de tecidos Existem quatro tipos fundamentais de tecidos: eptelial, conjuntivo, muscular e nervoso. Quando diferentes tipos de tecidos agrupam-se de maneira organizada, dão origem aos órgãos, que, por sua vez, trabalhando em conjunto, originam os sistemas ou aparelhos. Nesta aula, faremos um estudo de dois tipos de tecidos: nervoso e sanguíneo (hematopoietico) I – tecido Nervoso Este tecido é responsável pela percepção de estímulos provenientes do meio ambiente, como: calor, frio, pressão, choques, sons, etc. Ademais, o tecido também é responsável pelas respostas dadas a estes estímulos através dos músculos. neurônio E a célula nervosa responsável pela percepção do estímulo e transmissão da resposta (impulso nervoso). O neurônio é dividido em três partes: corpo, dendritos e axônio. 1. Corpo Parte mais volumosa, é onde encontramos o citoplasma, as organelas e o núcleo desta célula. 2. Dendritos São prolongamentos que partem do corpo celular, como ramificações. É através deles que o corpo do neurônio recebe os estímulos de outros neurônios e do meio ambiente. 3. Axônio É um prolongamento do neurônio bem mais longo que os dendritos, servindo para conduzir o impulso nervoso a locais distantes no organismo, como músculo e outros neurônios. O axônio pode possuir ramificações para conduzir impulsos a locais diferentes. Células de Schwam São células do tecido nervoso que se enrolam no axônio, formando uma capa, isolante elétrico, denominada bainha de mielina. esta bainha também ajuda no aumento de velocidade do impulso elétrico. Células da neuroglia ou Glia São células menores que o neurônios e suas funções estão relacionadas com a sustentação e a nutrição das células nervosas, através da produção de mielina e fazendo fagocitose. Exemplos de células da Glia e suas funções: a) Astrócitos – Suporte mecânico e nutrição. b) Oligodendrócitos – Assim como as células de Schwam, também formam bainhas protetoras nos Axônios. c) Micróglias – fagocitam dendritos e restos celulares presentes no tecido.

Histologia - Estudo dos Tecidos do Corpo

O que é

A histologia é a ciência que estuda os tecidos do corpo humano. Os tecidos são formados por grupos de células de forma e função semelhantes.
De forma simples podemos entender que a célula é a unidade fundamental do corpo, os tecidos são a associação de várias células semelhantes, os órgãos são a junção de vários tecidos que realizam uma determinada função, os sistemas são a união de vários órgãos (sistema nervoso, linfático, esquelético, respiratório, tegumentar, circulatório, etc) e que a união de todos os sistemas formam o organismo.Os tecidos de nosso corpo podem ser classificados em tecido epitelial, tecido conjuntivo, tecido muscular e tecido nervoso.O tecido epitelial apresenta como características: ausência de espaço entre as células, ausência de vascularização e grande capacidade de renovação celular. Sua função principal é proteger o corpo contra a penetração de microorganismos, substâncias químicas e agressões físicas.Ele se encontra recobrindo o corpo externamente (epiderme e córnea) e a superfície interna dos órgãos ocos como o estômago, ouvido, nariz, pulmão, boca, útero, bexiga, etc. Além disso, ele é o responsável pela formação de glândulas (fígado, pâncreas, glândulas salivares, etc).O tecido conjuntivo possui espaço entre as células, é ricamente vascularizado, possui baixa renovação celular e material intersticial (fibras colágenas, elásticas e reticulares), possui também o líquido intersticial (local de onde as células retiram seus nutrientes e depositam os seus resíduos).Entre suas várias funções, este tecido possui uma importantíssima: unir e separar órgãos ao mesmo tempo. Abaixo de todo tecido epitelial, deve haver, obrigatoriamente, um tecido conjuntivo.O tecido muscular possui células especializadas para a contração. Sua função é permitir o movimento, realizar a manutenção postural e a produção de calor. Ao contrário dos tecidos citados acima, este não possui renovação celular.O tecido nervoso é formado por células nervosas (neurônios) e também por células protetoras e de sustentação, chamadas neuroglias. Assim como ocorre no tecido muscular, este é formado por células que não se renovam.
Tecido epitelial de revestimento
Forma uma barreira que cobre as superfícies do corpo e o revestimento dos tubos e ductos que se comunicam com a superfície. Também reveste as cavidades corporais, isto é, as cavidades pleural, pericárdica e peritoneal, formando ainda o revestimento do coração, vasos sangüíneos e linfáticos, trato digestivo e geniturinário.

Classificação
A classificação dos diferentes tipos de epitélio baseia-se em diversos parâmetros, como a forma da célula e o número de camadas.
Há três tipos básicos de células, cuja nomenclatura se relaciona com a forma celular: células pavimentosas, cúbicas e cilíndricas. Há autores que se referem as células transicionais.
As células epiteliais podem se dispor em uma única camada (epitélio simples), ou organizar-se em várias camadas, onde a camada mais inferior entra em contato com a membrana basal (epitélio estratificado). No epitélio pseudoestratificado as células epiteliais parecem dispor-se em camadas, mas todas estão em contato com a membrana basal, porém nem todas alcançam a superfície livre.
O epitélio de transição é um tipo especial de epitélio restrito ao revestimento das vias urinárias, e suas células variam sua morfologia dependendo do grau de estiramento. Há autores consideram este tipo de epitélio como uma variedade do epitélio pseudoestratificado, onde as células são do tipo transicional.
Além da análise que leva em consideração o número de camadas e o formato celular, os epitélios ainda podem ser classificados observando-se a presença de especializações de superfície livre, como microvilosidades, cílios, estereocílios. Em microscopia óptica, deve-se chamar a atenção do termo a ser utilizado para indicar a presença de microvilosidades na superfície apical das células epiteliais. No intestino, elas são referidas como planura estriada, enquanto no rim se refere às microvilosidades como borda em escova.
Alguns tipos de epitélio podem ainda apresentar células epiteliais secretoras de muco. As mucinas (misturas de glicoproteínas e proteoglicanos) tem importantes funções nas cavidades corporais, por exemplo, atua como lubrificante bucal, como lubrificante vaginal e como barreira estomacal. As células caliciformes presentes nos epitélios que revestem o intestino e no trato respiratório são exemplos de células secretoras de muco.
Reunindo os parâmetros acima citados, os epitélios podem ser classificados como:
· epitélio pavimentoso simples
· epitélio cúbico simples
· epitélio cilíndrico simples
· epitélio pavimentoso estratificado
· epitélio cúbico estratificado
· epitélio cilíndrico estratificado
· epitélio cilíndrico pseudo-estratificado
· epitélio de transição